Yes, nós temos azeite brasileiro!

setembro 09, 2021 4 min leitura

Yes, nós temos azeite brasileiro! - Marchezinho

Já pensou que um azeite brasileiro pode ser tão bom ou até melhor que um azeite português ou italiano?

Ao consumir um produto importado perdemos muito do sabor por conta de um fator essencial: o frescor! Felizmente temos uma opção local, o azeite de oliva e as azeitonas da Olibi, produtos maneiríssimos que nós trouxemos direto da Serra da Mantiqueira para a sua mesa.

Nélio, fundador da Olibi Azeites Artesanais

Vem conhecer a Olibi!

Os produtos da Olibi são especiais pela produção 100% nacional e artesanal, e seus frutos são originários de um projeto ecológico. Desde 1999, a Fazenda Caminho do Meio tem replantado árvores nativas com o objetivo de recuperar a flora e a fauna mineira, prejudicadas por anos de exploração madeireira. 

Junto desse projeto de reflorestamento, a Fazenda tem reincorporado ao habitat diversas aves silvestres que sofreram nas mãos do tráfico de animais. Para tornar esse projeto de restauração ambiental economicamente viável, a Fazenda Caminho do Meio fundou a nossa querida Olibi, projeto de olivicultura criado em 2011 que trouxe para o mercado brasileiro uma opção local de azeite de oliva e azeitonas naturais. 

Sabe o melhor? É possível visitar a Olibi e ver de perto todo esse trabalho bacana! As informações para programar a sua visita estão nesse link.

Sobre o Azeite Terras do Aiuru

O azeite de oliva que oferecemos no Marchezinho é o Terras do Aiuru, extra virgem e de acidez baixíssima (só 0,2%), cultivado na cidade de Aiuruoca, Minas Gerais. Esse azeite é cheio de polifenóis, além de ser um blend de 3 variedades de oliva, Arbequina, Arbosana e Koroneiki. Essa informação toda pode ser meio confusa, então vamos por partes.

Extra virgem é o termo empregado para classificar um azeite de acidez até 0,8%. Como o Terras do Aiuru tem só 0,2%, ele é de uma acidez especialmente baixa. Mas o que isso significa?

A  acidez no azeite não impacta no sabor, mas sim na concentração de ácidos graxos. Esses ácidos causam o aumento de colesterol no sangue e estão ligados a doenças crônicas. Então, quanto menor a concentração de ácidos graxos, ou a acidez, mais saudável será o azeite.

Polifenóis são nutrientes antioxidantes, anti-inflamatórios e antibióticos, que retardam o envelhecimento das células e previnem a ação negativa dos radicais livres. Além desses benefícios para a saúde, estudos comprovaram que uma dieta rica em polifenóis ajuda a prevenir doenças neurodegenerativas, cardiovasculares e atua contra o desenvolvimento do câncer. Os polifenóis estão presentes em alimentos como a azeitona, o azeite de oliva extra virgem, chá verde, maçã, couve e espinafre.

Por último, as variedades da azeitona. Assim como o café e as uvas, as azeitonas têm variedades diferentes que vêm de diferentes lugares do mundo, trazendo notas e sabores específicos. A Koroneiki é uma variedade grega, responsável pelo sabor mais intenso e amargo do Terras do Aiuru, além de trazer uma alta concentração de polifenóis. A Arbequina e a Arbosana são duas variedades espanholas bem diferentes entre si; enquanto a Arbequina é mais frutada e delicada, a Arbosana apresenta uma pungência e picância mais pronunciadas. Juntas, formam o blend equilibrado do Terras de Aiuru!

 

Como cuidar do seu azeite

Você já conhece e entende um pouco mais sobre o azeite em geral e sobre o Terras de Aiuru, agora como cuidar dele? Um diferencial essencial de se consumir um azeite de oliva como o da Olibi é saber que ele vem fresco daqui pertinho, de Minas. O tempo é inimigo do frescor, por isso indicamos que toda garrafa de azeite de oliva seja consumida em até um mês depois de aberta. Guardar um bom azeite como oTerras de Aiuru para ocasiões especiais além de ser um desperdício, é quase um pecado!

Um azeite, assim como um vinho ou um grão de café, é um produto perecível. Para preservar bem o aroma e sabor é melhor manter o azeite num ambiente escuro, seco e de temperatura amena; um armário fechado é o melhor lugar para guardá-lo. Umidade, luz, oxigênio e temperaturas elevadas são os inimigos desses produtos mais aromáticos.

Azeitonas, tapenades e tudo mais

Além do azeite de oliva Terras de Aiuru, também temos as deliciosas azeitonas verdes e pretas, que podem ser comidas como aperitivo sozinhas ou acompanhando uma refeição mais simples ou rebuscada, cabe a sua criatividade decidir. As azeitonas temperadas ficam uma delícia com um bom pão de fermentação natural, queijos frescos e geléias de frutas. A ideia de harmonizar uma azeitona desse calibre é trazer diferentes texturas e sabores que complementam e contrastam entre si.

As azeitonas da Olibi também são usadas como ingrediente principal das sensacionais tapenade verde e  preta, além de ir no recheio do nosso  bolo salgado de azeitona com presunto. Por sinal, esse bolo leva presunto da casa, ovos caipiras, queijo curado Vó Gilda e castanha do Pará; é impossível resistir a essa delícia. Tudo isso é preparado fresco e com muito cuidado da nossa cozinha para a sua casa.



Importado ou nacional?

Mas e o azeite importado? De acordo com a Best Olive Oils, no Brasil se importa 742 vezes mais azeite do que se produz. Enquanto foram produzidas 140 toneladas de azeite no último ano, foram importadas 104.000 toneladas do produto apenas em 2019. Como reequilibrar essa balança?

Aqui no Marchezinho, nós acreditamos num processo responsável de cultivo em todo elo da cadeia de produção, do solo até a sua mesa. Trabalhamos com um foco claro: trazer alimentos frescos, saudáveis e locais para os nossos amigos e clientes. Nesse processo, nos alimentamos bem e com prazer e ajudamos no desenvolvimento e na valorização de produtores locais. Se podemos apresentar um azeite de oliva genial que pode competir com rótulos importados, é porque acreditamos que isso é melhor para todos.

Estimular o consumo de produtos locais é algo essencial para dar suporte ao produtor local e diminuir as pegadas de carbono dos produtos que consumimos. Só vantagens para todas as partes!

Fontes:
Statistics - Best Olive Oils
Azeite brasileiro: verde, amarelo e cada vez melhor (versatille.com)